sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Coluna Top 10 - Meus 10 Livros Favoritos de 2010 + Análise Livro Crepúsculo

Ler, para mim, é como fazer uma grande viagem num piscar de olhos... Este ano, confesso que está difícil escolher 10 livros favoritos, apenas... Vários livros incríveis foram lançados (já tenho até alguns selecionados para compor a minha lista de livros para 2011). Cada um dos livros que li mexeram com minhas emoções e pensamentos de uma forma diferente. Como você poderá perceber na lista dos Top 10 de Literatura deste ano escolhi obras de gêneros literários variados.

E você, me conta: Como está sendo a sua experiência de leitura neste ano?

Hoje, compartilho com você o Ranking dos meus 10 livros favoritos de 2010, dos 15 já lidos até agora (lembrando que no post Metas para 2010, umas das minhas resoluções foi "Retomar o hábito de leitura - Ler 2 livros/mês, totalizando 24 livros lidos em 2010").

Preparado para viajar comigo? Então, aperta o cinto e vamos começar...

Meus 10 Livros Favoritos de 2010

  1. O Amanhecer - Stephenie Meyer
  2. Eclipse - Stephenie Meyer
  3. Crepúsculo - Stephenie Meyer
  4. A Cabana - William Young
  5. O Símbolo Perdido - Dan Bown
  6. Mentes Perigosas - Ana Beatriz Barbosa Silva
  7. O Monge e o Executivo - James Hunter
  8. Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas - Augusto Cury
  9. A Breve Segunda Vida de Bree Tanner - Stephenie Meyer
  10. O Amor é para os Fortes - Marcelo Cezar

Análise - Crepúsculo de Stephenie Meyer


Este livro está dando o que falar, um fenômeno que gera tantos "lovers" quanto "haters". Mas porque será que esta trama é tão polêmica e apaixonante ao mesmo tempo? Toda a trama se baseia numa história de amor "água com açúcar" entre dois jovens apaixonados que terão de enfrentar desafios para viver esse grande amor. Nota alguma semelhança com os "dramalhões" clássicos como Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, dentre outros? Isto não é a toa... Este tipo de história vende como água... Certamente, você já leu milhares de vezes uma trama semelhante, não é mesmo? Independentemente do idioma, esse tipo de leitura tem amantes no mundo inteiro. Apesar das muitas controvérsias com relação aos hábitos associados ao "estereótipo" de um jovem vampiro, a autora conta essa história de uma forma que prende a atenção do público. A autora criou uma atmosfera própria para os personagens envolvidos, esta história conquistou legiões de fãs, agitou o mercado editorial. Tratarei dos quatro livros da saga Crepúsculo, em post separados e nesse me deterei a falar do Crepúsculo, precursor da saga. Já foram vendidas mais de 42 milhões de cópias dos livros em todo o mundo, com traduções em 37 línguas diferentes. Na época do lançamento do Crepúsculo, Meyer chegou a ser comparada a J.K. Rowling, autora dos best sellers Harry Potter e que também enriqueceu com uma obra literária. E parece que Meyer seguiu os passos de Rowling direitinho, afinal, achou uma boa história e soube manter a atenção do público nela até o seu final. A história de Crepúsculo surgiu de um sonho da autora onde onde ela era uma garota vampira e havia um vampiro apaixonado por ela e que desejava o seu sangue. Baseado nesse sonho, Meyer escreveu a transcrição do que agora é o capítulo 13 do primeiro livro da série.


Sinopse


Bella Swan é uma jovem comum, da ensolarada Phoenix, no Arizona e que depois do novo casamento de sua mãe, se muda para a pequenina e chuvosa Forks, em Washington, para morar com seu pai, Charlie. Introspectiva e um pouco "diferente", Bella é descrita como uma menina comum, sem grandes atrativos. Entretanto, como é novidade na cidade, acaba atraindo a atenção de vários garotos locais quando começa a frequentar a escola local. Forçadamente, já que é um pouco anti-social, Bela acaba amiga de Mike, Jéssica, Angela, Eric e Tyler, que notadamente fazem parte da "turma popular". E seria apenas isso se o jovem mais belo da escola, Edward Cullen, não cruzasse o seu caminho em uma aula de Biologia. O rapaz, descrito como tendo uma beleza "absurda", começa um jogo de atração e repulsa com Bela. Óbvio que eles acabariam se apaixonando. Mas, como trata-se de uma obra de ficção, nada poderia ser perfeito. Edward e seus ‘irmãos’ vivem à margem dos outros alunos da escola, parecem nunca se alimentar e, apesar de extremamente lindos, causam intimidação nas pessoas, que não tem coragem de se aproximar. O que não é o caso de Bella, que acaba envolvida com Edward. Entretanto, os mistérios do rapaz a deixam desconfiada e, peça a peça ela vai montando um quebra cabeças até que com a ajuda não-intencional de seu amigo Jacob Black, um jovem local da tribo Quileute, Bella descobre que Edward e sua família são na verdade uma espécie de vampiros "vegetarianos", que se esforçam em viver numa dieta que não inclui sangue humano. Apesar disso tudo, Bella e Edward começam um relacionamento e vivem uma história de amor não convencional, afinal, Edward deseja o sangue de Bella, que é descrita como tendo um cheiro delicioso para os vampiros. E toda a trama se desenvolve ao redor disso, inclusive ela acaba se tornando uma espécie de troféu de uma disputa "territorial" de vampiros, quando novos vampiros visitam a cidade e conhecem a Bella durante um evento dos Cullen (a ‘família’ de Edward). Em meio a perseguições do vampiro rastreador, James, e os esforços dos Cullen para proteger Bella, a trama vai se desembaraçando e vamos nos vendo envolvidos por este casal cativante. Claro que, como em toda história romântica, existem momentos de sacrifícios, desafios, dramalhão, suspiros, drenalina, aquele que vira herói, o que vira bandido, os que se vingam e os que prometem vingança... E, obviamente nesta saga não seria diferente, tendo como desfecho neste livro, um uma luta alucinante que já deixa bem claro o chamariz para a continuação.

O que descobri com O Crepúsculo?


Me identifiquei com vários personagens, em diferentes momentos, mas em especial com a Bella, a sua personalidade reflete uma período bem extenso da minha adolescência. Eu era a típica estudiosa (meio Nerd), ficava pelos cantos lendo, meio anti-social, meio "diferentona" (usava umas roupas meio esquisitas, usava tudo muito largo (como forma de esconder o seu corpo - e se esconder como um todo), tinha dificuldade em realizar tarefas em grupo, introspectiva e muito observadora. Quando entrei para o Ensino Médio essas características ficaram ainda mais "berrantes" e, para minimizar o bulling (sim, sofri muito bulling na escola, por ser "nerd", odiar pegar Sol e por isso ter uma pele mais "branca" que os outros, usar roupas que não eram compatíveis com a minha idade - nem tamanho, mas enfim, quem nunca teve uma fase parecida com esta não é mesmo?), comecei a procurar um grupo no qual eu me encaixasse ou que, pelo menos eu fosse aceita. Como na minha turma, excetuando-se os repetentes, todos eram recém concursados, procurei logo de cara me aproximar do grupo dos que pareciam mais nerds porque seria mais fácil de encontrar coisas em comum, entretanto os Nerds da minha turma, com o tempo também se tornaram os populares da mesma. De início isso foi muito difícil para mim já que eu não me sentia bem quando estava em evidência. Mas fazer parte daquele grupo, de certa forma, estava mantendo a minha mente ocupada, porque me ajudava a me desligar dos problemas que estavam acontecendo em casa, com a minha família. O preço de "tentar me encaixar" foi bem alto. Me deixei magoar e fui agente no processo de gerar mágoa em algumas pessoas. Resumidamente, para fazer parte deste grupo, acabei me forçando a ser e agir como alguém que eu não me sentia "nada" confortável. E, como toda adolescência, no meio disso tudo tive minhas paixonites, questionamentos pessoais, dúvidas, crises com a autoestima, crises nos relacionamentos amorosos e sociais, autoafirmação da sexualidade, conflitos familiares, dentre vários outros desafios. E, se lidar com todas estas transformações num ambiente confortável já é difícil, imagine neste quadro nada favorável? Em alguns, raros momentos, eu conseguia agir naturalmente, como nos jogos de RPG, principalmente nas rodadas de "Vampire", onde a minha personagem tinha a característica de falar o que acreditava e só interagir com personagens que ela se identificava. Fora do jogo, a realidade era muito diferente. Nunca havia me dado conta deste fato! Ao mergulhar nas páginas e criar um perfil para a Bella na minha cabeça, com todos os seus pensamentos, medos e anseios, me vi refletindo sobre a minha própria vida. Inclusive me dei conta que existe um Edward Cullen na minha vida, uma pessoa que me chamou muita atenção desde a primeira vez que vi, na qual sou completamente apaixonada e nunca havia me dado conta disso. Perceber na prática, o quanto "tentar me encaixar" foi nocivo para a minha personalidade me atentou para a necessidade de fazer uma releitura sobre o meu passado, meus "erros" e "acertos", o que ainda preciso me perdoar para seguir em frente, resgatar pedaços de mim que são importantes e liberar tudo aquilo que já não faz mais sentido de permanecer na minha história! Criei, inclusive, uma lista de ações que incluirei nas minhas metas pessoais para trabalhar essas questões de forma mais profunda!

O que aprendi com O Crepúsculo?


"Ser diferente não é ruim, e as nossas características individuais (sejam elas físicas, intelectuais, emocionais ou espirituais), servem para nos relembrar que seres humanos não seguem um "padrão categorizado pelo homem" e sim uma ordem Universal onde o homem interage com a mesma através de suas ações, pensamentos e emoções! Somos integrais, únicos e distintos, ainda que respeitemos e apresentemos propriedades físicas, químicas e biológicas comuns... Logo, ser diferente é um presente!" by Natália Araújo Natália Health from Entenda Sua Natureza

E você, qual insight teve ao ler este livro? O que ele despertou em você?

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